domingo, 17 de outubro de 2010

Movimentos Sociais na República Velha

  • Revolta da Vacina:
Foi um movimento contrário a vacinação imposta pelo diretor de saúde pública Oswaldo Cruz durante o governo de Rodrigues Alves. A vacinação prevenia doenças como febre amarela, varíola e peste bubônica. Houve uma forte resistência popular, pois as pessoas acreditavam que a vacina serviria como "arma" para "acabar" com a população pobre. Alguns políticos de oposição ao governo criaram a Liga Nacional Contra a Vacina Obrigatória. Percebe-se nesta revolta a intervenção da esfera pública na esfera privada.
  • Bota Abaixo:
É o processo de reurbanização do centro da cidade do Rio de Janeiro. O centro urbano era ocupado por cortiços, que eram habitações das populações mais carentes. O prefeito Pereira Passos, desejava a construção de aquedutos para abastecimento de agua, bem como a construção de redes de esgoto além de calçamento de ruas, abertura de avenidas e aterreno dos manguezais. Para a população em geral,  o saneamento e a urbanização ocorriam por meio de medidas autoritárias do governo. Sua consequência foi o afastamento das camadas pobres da sociedade para as áreas marginalizadas, como por exemplo os morros, o que se configura na construção das favelas.

OBSERVAÇÃO: a revolta da vacina somada ao bota abaixo criou o processo conhecido como revolta médico-higienista.
  • Revolta da Chibata:
Este movimento marcou a transformação dos costumes estabelecidos entre as Forças Armadas brasileiras. A Marinha de Guerra tinha de modo geral a ideologia monarquista, enquanto que o exército privilegiava o regime republicano. Todavia, vivia-se um período republicano na história do país. Assim, a Marinha de Guerra brasileira se sentia marginalizada ou não privilegiada. Alegavam os marinheiros que sofriam de maus tratos como chibatada, palmatória, prisão a ferros e solitária. Sendo assim, os marinheiros da cidade do Rio de Janeiro, liderados por João Cândido, reivindicavam aumentos salariais e fim dos castigos corporais. O fim da revolta se dá quando o presidente da época, Hermes da Fonseca, anuncia anistia aos revoltosos e atendimento as reivindições feitas. Hermes não cumpre com sua palavra, três dias após seu pronunciamento decreta expulsão dos rebeldes. Houve mortes, prisões e pessoas exiladas no Norte do país (observe que se atualmente a região no Norte é pouco povoada, nos idos de 1910 era muito menos ocupada, sem contar as doenças que se poderia adquirir numa região chuvosa de clima equatorial e sem recursos médicos estudados).
  • Guerra do Constestado:
Se divide em dois momentos no mesmo local.
1. Questão do Contestado
2. Guerra do Contestado

A questão do Contestado esta relacionada aos estados de SC e PR que disputavam a área de conflito da guerra do Contestado. Esta disputa pelas terras só teve fim em 1946, quando Santa Catarina e Paraná assinaram um acordo sobre a região por intermédio do governo federal.
A guerra do Contestado foi a tentativa de expulsão de posseiros das terras para a construção da estrada de ferro construída pela empresa Brazil Railway Co. que ligaria RS a SP. Com o fim das obras da estrada de ferro, os empregados da empresa foram abandonados no local. A região era de exploração de madeira e de plantação de erva mate. Os posseiros liderados pelo monge José Maria (líder religioso) promoveram uma guerra contra os coronéis da região que queriam as terras ocupadas pelos sertanejos para si. A guerra envolveu uma nova tecnologia que foram os aviões militares e só teve fim com a intervenção do governo.

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